“HOMEOPATIA”
Caracterização do Medicamento
Nomeopático Sulphur
Sulphur, ou enxofre, é um corpo simples da família dos metalóides. Está
bastante disseminado na natureza e é encontrado em estado natural perto de
alguns vulcões e fontes quentes na Itália e nos Estados Unidos. Apresenta-se
sob forma de um corpo sólido amarelo limão, insípido, inodoro, insolúvel na
água, quase insolúvel em álcool, solúvel no éter, benzina, óleo e no sulfuro de
carbono. Há 900 anos a. C., o poeta grego Homero utilizada vapores da queima de
enxofre para purificar a casa. Utilizado na chinesa e medicina ocidental para
problemas de pele e, como um anti-séptico, enxofre foi também dado a gerações
de crianças um popular tônico para limpar o sangue manter o intestino regulado,
segundo Lockie (2006). Hahnemann provou o remédio e publicou-o em sua
farmacopéia. É utilizado principalmente para a pele e as queixas digestivas. É
um medicamento muito importante, e segundo Farrington (ANO? apud LATHOUD, 2002,
p. 554) com razão o descreve na sua Matéria Médica que este grande policresto é
um remédio central pelas relações bem definidas que tem com a maior parte dos
medicamentos conhecidos. Kent (ANO? apud LATHOUD, 2002, p. 554) observa que Sulphur parece
conter aparentemente todas as doenças do homem e um iniciante, ao ler a
patogenia do remédio, poderá crer que não necessitará nenhum outro, e que na
prática este será suficiente. Na realidade ele não cura tudo e não deverá ser utilizado sem
discernimento. Quanto menos o médico conhecer a Matéria Médica, mais
prescreverá Sulphur e, apesar de ser
utilizado com freqüência pelos mais experientes, podemos conhecer o saber de um
médico pela freqüência com que ele indica Sulphur.
2. Ação geral do medicamento e enfermidades tratadas
Sulphur é o rei dos antipsóricos de Hahnemann, segundo Lathoud (2002).
Tem capacidade de combater e vencer determinados obstáculos que se opõem à ação
dos medicamentos indicados ou aparentemente bem escolhidos para o caso. Quando
um medicamento for bem indicado pela semelhança dos sintomas, mas não melhora o
caso ou age incompleta ou superficialmente, escolheremos outro medicamento e
buscando o melhor se seu resultado. Daremos então Sulphur; mesmo que o caso não
peça tão claramente ele permite ao organismo reagir de forma conveniente a ação
do remédio exato. Então, no caso acima citado, voltaremos aos mesmos medicamentos
anteriores e eles serão eficazes. É o que Nash (ANO? apud LATHOUD, 2002, p.
554) descreve nos seguintes termos: quando o medicamento não tem ação mesmo que
seja aparentemente bem indicado pelos sintomas, Sulphur deve ser prescrito, porque a psora é o obstáculo que deve ser
transposto. Sulphur excita o sistema
sanguíneo e desenvolve sua sensibilidade durante uma enfermidade crônica sem
reação e tórpida, leva a uma recrudescência dos fenômenos de reação ou
aparecimento de sintomas antigos, que nos dão bases mais firmes apara buscar
medicamentos que se adaptam melhor a este doente. Esta particularidade de Sulphur, o faz ser indicado nas
doenças crônicas confusas e indeterminadas, revelando sintomas da afecção
primitiva latente e facilitando assima escolha do medicamento mais apropriado,
segundo Espaner (ANO? apud LATHOUD, 2002, p. 554).
De acordo com Dr Samuel Hahnemann (ANO?), Sulphur é o remédio que deve
ser prescrito quando o enfermo não apresenta sintomas importantes, quando os
sintomas são latentes devido à psora. Em tais casos o remédio é prescrito com
tanto sucesso, que ao médico só lhe resta repeti-lo. Este emprego de Sulphur só é útil quando houver
ausência de sintomas claros, característicos, ou temos que fazer o melhor
possível utilizando um procedimento que justifique, até certo ponto,
baseando-se na experiência e no estudo profundo do enfermo e da enfermidade. Sulphur é útil após uma doença
aguda prolongada, quando o doente não reage, devido a uma causa profunda (a diátese
psórica), quando a enfermidade aguda deixar o enfermo abatido e fraco ou a
inflamação levar à supuração e infiltração dos tecidos ou suores noturnos após
uma febre tifóide.
Nenhum medicamento tem sobre a pele uma ação tão geral, positiva
e persistente como o Sulphur. Este parece buscar na superfície da pele todas as inflamações
internas e toxinas. Segundo Nebel (ANO? apud LATHOUD, 2002, p. 555), Sulphur elimina as toxinas da
pele, principalmente as tuberculosas; leva as enfermidades para a pele. É um
grande antídoro geral. É um remédio que, nos casos de erupção suprimida por
frio ou por medicamentos maus prescritos, as levará novamente para a pele e é
por isto que está na lista dos medicamentos úteis para combater os maus efeitos
de supressão brusca ou terapêutica errônea de uma erupção ou de um fluxo que
seja eliminador de toxinas intraorgânicas, de acordo com Kent (ANO? apud
LATHOUD, 2002, p. 555).
Com relação à atuação de Sulphur sobre o organismo, o ponto mais importante é a metástase do
interior para o exterior ou do exterior para o interior se houver uma
influência violenta, que faça a afecção periférica recolher-se. A metástase
essencial do Sulphur é a pele, parece que as
partículas do metalóide buscam um caminho para o exterior nos locais de menor
resistência, quando a eliminação de generalizar na superfície da pele, nas
grandes descamações da epiderme, nas lesões queratinizadas com espessamentos
psoriformes, que levam a um prurido insuportável. Sulphur age sobre as mucosas de
forma importante e profunda e, segundo Hughes (ANO? apud LATHOUD, 2002, p.
555), após a pele, são as mucosas as que mais ressentem a influência de Sulphur, ele determina uma
secreção excessivamente escoriante e queimante.
Sulphur age ainda no tecido linfóide, inflamando e hipertrofiando os
glânglios. No aparelho circulatório, Sulphur determina alterações congestivas variadas e características;
age, sobretudo, na circulação venosa, alterando sua distribuição. Em Sulphur observamos alterações
importantes das veias e da circulação venosa. É um medicamento venoso. As
paredes venosas parecem relaxadas e a circulação está lenta. A fase fica com
aspecto vermelho pela menor tumefeita. A vasodilatação e a congestão venosas
são marcas importantes em Sulphur. O organismo faz com que
passe o máximo de sangue em m mínimo de tempo num determinado território, para
que o oxigênio queime os dejetos; daí temos a sensação de queimação, de tensão
ardente, calor generalizado ou localizado. De acordo com Espanet (ANO? apud
LATHOUD, 2002, p. 556), Sulphur age também na nutrição geral, provocando assimilação defeituosa
e então temos inércia e relaxamento das fibras.
3. Personalidade e temperamento
Segundo Tyler (1992), os indivíduos Sulphur possuem tendência a
serem beligerantes e criticarem minúcias, os tipos Sulphur também podem ser
generosos, dando atenção a caridade. Geralmente são executivos, cheios de
idéias e planos, mas cercados de desordem. Na pior das hipóteses, são
preguiçosos, falta-lhes força de vontade e iniciativa, e não levam até o fim o
que iniciam. Embora sejam irritáveis, sua ir logo passa. Gostam de debates
animados, mas somente em assuntos de seu interesse. Por viverem a vida no nível
intelectual, não raro sentem-se emocionalmente feridos. Nas preferências
alimentares, gostam de alimentos doces; gordurosas como frituras, carnes, creme
e queijo; condimentos como caril; e, bebidas alcoólicas. Não gostam de ovos,
leite ou bebidas quentes. Para estarem bem consigo mesmo, precisam estar ao ar
livre, quente e seco; após esforços físicos; deitados sobre o lado direito. Não
suportam ambientes abafados; em cama quente; ao tomar banho; e, em pé por muito
tempo. As características da criança Sulphur são de bom apetite, aparência desalinhada; inteligentes e
perguntadoras quando estimulados pela boa memória; adoram livros, mas são
descuidados com os deveres escolares; tendem a ser exibidos; demonstram grande
orgulho por suas posses; e, animados ao anoitecer e relutam em ir dormir. A
aparência física dos tipos Sulphur ou são rechonchudos, de rosto corado e semblante alegre, ou são
magricelas, com postura desajeitada. Ambos têm cabelos duros e sem brilho, pele
seca e escamosa e parecem despenteados e precisando de banho. Mesmo quando se
vestem com elegância, é normal haver certo desmazelo.
4. Metodologia
Para o desenvolvimento do trabalho, foi revisada a literatura,
consultando fontes seguras.
5. Conclusão
O
medicamento Sulphur é de grande importância,
pois a carência de Sulphur é a causa de grande
número de fenômenos que alteram o funcionamento do organismo. O enxofre
participa da formação das células tissulares da mesma forma que Phosphorus e as
alterações tróficas. O enxofre é à base de toda
a matéria protéica, que é por sua vez a base de todos os agregados celulares do
organismo. Em todo o organismo temos enxofre em maior e menor quantidade e a
sua falta leva a grandes problemas. O fígado é um dos órgãos que distribui o
enxofre alimentarem nas suas diversas forma, algumas úteis para combater a
infecção intestinal, outras presidem a sulfonação do fenol impedindo sua
nocividade, outras ainda facilitam a assimilação dos sais insolúveis e algumas
permitem a dissolução dos dejetos após a atividade celular. Sulphur é receitado para o tratamento de uma gama
mais ampla de doenças do que qualquer outro repertório de remédio homeopático.
Também é dado a qualquer tipo de pessoa para impulsionar vitalidade e
esclarecer remanescentes doenças.
6. Bibliografia
HAHNEMANN, Samuel. Matéria médica pura
LATHOUD, J. A. Estudos de matéria médica homeopática. 2. ed. Sao
Paulo: Robe, p. 554-567, 2002.
LOCKIE,
A. Encyclopedia of homeopathy. 2. ed. London: DK, p. 99, 2006.
TYLER, M. L. Retratos de medicamentos homeopáticos. Sao Paulo:
Santos, p. 76-77, 1992.
Mossoró – RN, 01 de Outubro de 2012.
Dr. Maia Naturalista em 01/10/2012
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